Por falar em prazer.... há quanto tempo, eu não vejo você Desejo é sentir o que eu sinto teu corpo é um labirinto, que me deixa zonzo e é você quem me sobe a cabeça, como um vinho....
Ah, o seu beijo tem gosto de quero mais; te amar é como mergulhar num mar divino, Se bebo um pouco me acalmo, um pouco mais me excito se abusar, levito e transformo o mito, em infinito prazer....
A cidade adormece quando vence o silêncio; Entre nuvens a noite nasce. Teu olhar no meu olhar... e um calor nos aquece, queima tal neve invernal e perdidos num turbilhão de sentimento imortal, entrelaçamos nossa luz na imensa escuridão de um amor sem final!
Palavras fluem de repente intensamente desesperadamente... Arrancando do peito dor...amor... solidão...vibração? Vento leva aos ouvidos teus. Entendidas ou não, ...complicação!! Enigmático desejo roubando meu sossego, sou pura contradição sou mistério labirinto... escondida num sorriso sem explicação, incomensurável emoção!!
a lembrança é frequente ...constante, aprisiona meus pensamentos; liberta a minha dor e com ela a saudade; abusa de meu coração, mas o martiriza com graça.. e sou só emoções, do corpo fundo, ao profundo de minha alma, sempre aflita; ambos choram a vontade de amar e a algria loucamente irresponsável de sentir; mas ora acostumados ao tempo e ao imortal amanhã, cheio de promessas! por Tadeu Paulo
Refrescante brisa de um dia de verão Ouvindo ecos de seu coração Aprendendo a recompor as palavras Deixo o tempo voar
Alegres gaivotas vagam nas margens Não soará uma só nota Ergo minha cabeça após enxugar meu rosto Deixo o tempo voar Relembrando, recuando Retornando, recordando Uma conversa fiada da qual sente falta Mais sagaz porém mais velho
Um líder, um aprendiz Um leal iniciante Um locatário de insensatez Tão lúcido numa selva Um ajudante, um pecador O sorriso agonizante de um espantalho
Oh! minutos giram e giram Em minha cabeça Oh! meu peito explodirá Caindo em pedaços A chuva chega ao solo - sangue!
Um minuto para sempre Um pecador se arrependendo Termina minha vulgar desgraça
(e eu) vou pelos ventos de um dia novo em folha Alto aonde as montanhas alcançam Reencontrei minha esperança e orgulho Renascimento de um homem
És um senhor tão bonito És um dos deuses mais lindos Entro num acordo contigo Peço-te o prazer legítimo E o movimento preciso Quando o tempo for propício De modo que o meu espírito Ganhe um brilho definido E eu espalhe benefícios O que usaremos prá isso Fica guardado em sigilo Apenas contigo e comigo E quando eu tiver saído Para fora do teu círculo Não serei nem terás sido
Quem tem um tem um tesouro... tem sorriso, tem verdade, tem amor e lealdade Mente aberta coração pulsante costas largas mãos firmes. Pedacinho de chão imensidão de céu adocica sorriso seca lágrimas. Chega sem avisar e mesmo que um dia se vá, para sempre vai ficar... como eterna lembrança num coração criança!
Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que foi apelidado de "O Quinto dos Infernos". Daí a expressão: "Vai pros quinto dos infernos" A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final deste ano de 2009 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos... Para que? Para sustentar a corrupção, a incompetência, o descaso com o dinheiro público, o Senado com sua legião de "diretores", blá, blá, blá... E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!
Eu Poderia Temer Tudo Eu poderia temer tudo, Ser esmagado com o peso da tirania, Poderia temer à beleza, E me sujeitar à covardia
Poderia cultivar o desprezo, e matar com frieza todos os sentimentos que posso silenciar. Poderia ser vítima das desgraças... Do medo. Apagar as luzes para, no escuro, seguro, me guiar.
Eu te condeno. Absolvo-te. Culpado por um momento... Livre dos tormentos.
Tu, fraco do temperamento, não deveria se torturar, Quando oprime almas vulgares, Quando se enterra vivo até os calcanhares, E extirpa, do amor, o direito de suplicar.
De todos os crimes, Nenhum se faz fantástico. Nenhum se faz simples, Apenas, são vítimas dos fracos, Torturados na dor que não existe.
Eu poderia temer tudo, Mas, não ficarei preso Aos fantasmas do meu medo.
Eu poderia temer tudo, Contudo, viveria sem caminhar pelos perigos tortuosos, aflitos, da alma, Dos caminhos grandiosos que me fazem amar.
Mas, enquanto eu tiver vida, Poderei sonhar com amores imaginários Poderei sentir a certeza reprimida, Observar a tristeza esquecida, Fazendo do impossível o necessário.
Enquanto eu tiver vida, Serei escravo do crime de amar loucamente, Que a verdade aqui fique esclarecida, Serei teu escravo por te desejar sempre, Eternamente. por Fábio Pimenta
Obrigada amigo...pela poesia enviada, sua amizade é sempre motivo de alegria!!
Amanhã será sempre um outro dia... sonhos...amanhã. alegrias...amanhã. sorrisos...amanhã. beijos...amanhã. amor...amanhã Amanhã...amanhã! Amanhã, o sol pode não nascer, caminho não existir, sorriso virar lágrima, braços abertos... cruzarem. Nada pode existir amanhã. Amanhã, pode só restar saudade. por Meire Jorge
Magnífica morada, esculturalmente desejada. Beleza ímpar! Entradas... saídas... labirintos escuros... e, apenas duas, duas pequenas, brilhantes,reluzentes, enigmáticas, misteriosas e espelhadas janelas! Por elas, é possível ver a noite chegando, o escuro penetrando alma vazia...ferida. Pedras gemem nesta imensidão... impregnadas por cortinas de teias traçadas por ilusões que apagam luzes, destroem sonhos! Alguns retratos amarelados equilibram sobre desbotadas paredes...outros desapareceram feito mágica! Janelas indiscretas... expõem o interior ao exterior, despertam curiosidade... Habilidade e paciência ingredientes imprescindíveis! Criatividade e inteligência também. Afinal, adentrar neste espaço pode levar ao cansaço! Escondidos nos cantos milhões de encantos. Sementes rasgam véus buscando incansavelmente pela luz, pelo calor perdido no tempo infinito! Lindas janelas... dentro e fora a vida passa!! por Meire Jorge
Coisa é palavra-ônibus, de omnibus, em latim, democracia total: cabe tudo.
Na palavra coisa viajam todos os significados.
Coisa é tudo: é mistério e objeto, é invisível e visível, é lugar-comum, e devora.
As coisas nadam, crescem, vibram, voam, flutuam.
Alguma coisa acontece no meu coração.
Coisa é música aos ouvidos. Coisa é notícia. Coisa é causa de tudo e de nada. O Coisa-ruim é coisa do outro mundo. E deste também. Mas isso é coisa feita. Coisas do arco-da-velha. Coisa e tal e tal e coisa. São tantas coisinhas miúdas. Coisíssima nenhuma. A coisa em si. Cada coisa em seu lugar. Não me venha com coisas. A coisa foi por água abaixo. Coisa de louco!
Muitas vezes, ao falar, usamos a palavra coisa como uma coisa que substitui todas as palavras. E o pior é que substitui mesmo. E pior ainda: todo mundo entende.
Na ausência da palavra exata, que ilumina como um holofote a coisa a ser nomeada, usamos qualquer coisa no lugar dos outros nomes, como uma vela acesa no meio do blecaute.
A iluminação é precária, mas, nas trevas da Idade Mídia (a coisa tá preta), é melhor uma coisa do que nada. E, tipo assim, a coisa se metamorfoseia em todas as coisas, e nossa preguiça verbal se sente recompensada. Há sempre uma coisa à mão para nos salvar. Coisa serve para qualquer coisa.
Nada contra as coisas, ferozes amigas, mas é que as próprias coisas têm suas leis, e não gostam de que abusemos delas.
A coisa funciona assim: a coisa aparece diante de nós, anônima, feia, bela, e não sabemos (ou não queremos buscar) o nome da coisa. E aí, vem à nossa mente: que coisa!
E a coisa se fez coisa.
O milagre da coisa. A multiplicação das coisas. O sermão da coisa. A coisa que sempre volta. Um provérbio francês: "Quanto mais as coisas mudam mais permanecem as mesmas".
O paciente diz ao médico: — Doutor, não sei, mas estou sentindo uma coisa...
Coisa do destino.
Porque uma coisa é certa: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Até que se prove o contrário.
Mas esse papo meu tá qualquer coisa, de modo que, se for impossível dizer coisa com coisa, não pense duas vezes: vote na coisa.
....creio que um dos problemas da escrita seja a falta da entonação da palavra dita. Muita coisa que falamos, só tem sentido se estivermos olhando para o interlocutor.
"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."
...Falta-me o ar ....nos teus braços é o meu lugar!!
Meus pés não tocam mais o chão Meus olhos não vêem a minha direção Da minha boca saem coisas sem sentido Você era o meu farol e hoje estou perdido
O sofrimento vem à noite sem pudor Somente o sono ameniza a minha dor Mas e depois? E quando o dia clarear? Quero viver do teu sorriso, teu olhar
Eu corro pro mar pra não lembrar você E o vento me traz o que eu quero esquecer Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar Nos teus braços é o meu lugar Contemplar as estrelas, minha solidão Aperta forte o peito, é mais que uma emoção Esqueci do meu orgulho pra você voltar Permaneço sem amor, sem luz, sem ar
Perdi o jogo, e tive que te ver partir E a minha alma, sem motivo pra existir Já não suporto esse vazio quero me entregar Ter você pra nunca mais nos separar Você é o encaixe perfeito do meu coração O teu sorriso é chama da minha paixão Mas é fria a madrugada sem você aqui, Só com você no pensamento
Eu corro pro mar para não lembrar você E o vento me traz o que eu quero esquecer Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar Nos teus braços é o meu lugar Contemplar as estrelas, minha solidão Aperta forte o peito, é mais que uma emoção Esqueci do meu orgulho pra você voltar Permaneço sem amor, sem luz
Meu ar, meu chão é você Mesmo quando fecho os olhos Posso te ver
Eu corro pro mar pra não lembrar você E o vento me traz o que eu quero esquecer Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar Nos teus braços é o meu lugar Contemplar as estrelas, minha solidão Aperta forte o peito é mais que uma emoção Esqueci o meu orgulho pra você voltar Permaneço sem amor, sem luz, sem ar
Ai....
Aqui. Aqui e ai!!!
Estamos assim,
Ligados por correntes de amor.
Porém, olho pro lado e não te vejo!!
falo com você e não me respondes!!
busco teu toque... e não te sinto!!
procuro tuas palavras e não as encontro!!
...Eu imaginava ser uma flor,
sou apenas semente!
e nesta minha viagem,
necessito ainda do calor do teu corpo,
para romper os tênues limites
que prendem me aqui,
no escuro do silêncio,
a amargar este fel sulfuroso e corrosivo...
Espero pelas palavras tuas
que alimentam os sonhos meus,
como ondas eletromagnéticas,
e transportam me ao éter celestial,
...embriagando-me,
...transportando-me,
tornando o ai, aqui...
e o aqui, ai!
Posso ouvir o vento passar, assistir à onda bater, mas o estrago que faz a vida é curta pra ver... Eu pensei.. Que quando eu morrer vou acordar para o tempo e para o tempo parar: Um século, um mês, três vidas e mais um passo pra trás? Por que será? ... Vou pensar.
- Como pode alguém sonhar o que é impossível saber? - Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer e isso, eu vi, o vento leva! - Não sei mais sinto que é como sonhar que o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer... E isso por que? Diz mais! Uh... Se a gente já não sabe mais rir um do outro meu bem então o que resta é chorar e talvez, se tem que durar, vem renascido o amor bento de lágrimas. Um século, três, se as vidas atrás são parte de nós. E como será? O vento vai dizer lento o que virá, e se chover demais, a gente vai saber, claro de um trovão, se alguém depois sorrir em paz. Só de encontrar... Ah!!!
Num presente fugaz o constante movimento da realidade prende num mosaico torto abundância de amor! O que foi não mais existe insiste... alcançando no infinito uma estrela ou deixando um rabisco no papel! Silenciosos sinais, insoluveis no vazio interior onde nem o som se propaga. Mistura insana! E um frio úmido congela o coração em chamas. É fria a madrugada sem você... o vento traz seu cheiro o sono ameniza a dor...
Ou se tem chuva e não se tem sol ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . . e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranqüilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo.