domingo, 11 de abril de 2010
Jardim de Outono
Sou jardim de outono
minhas flores espalham-se pelo chão
a ausência do brilho das asas do
meu beija flor, tira-me as forças,
as folhas secas estão a cair
sementes adormecidas...
lágrimas de orvalho
pairam sobre mim...
sequer ninhos teces em meus galhos
apenas teias opacas aumentam a cada dia
emaranhando por todo o espaço,
me amarram, apertam, sufocam...
o frio a chegar
passa por mim o vento a uivar forte,
gelado, cortando, levando a melancolia
da existência, que é mera despedida!
Meire Jorge
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