quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Confissão


“Quando do cansaço
É a hora
E ganha voz o grito
Amordaçado

Quando na mesmidade
Se esgotam os dias
E o coração
Pede que o solte

Quando o que em mim
Não tem tamanho
Busca asas e o tempo
Onde vive permanente

Eu procuro
A tua voz
As tuas mãos
A tua boca
O teu abraço
A tua presença
Em mim…

Mas nada,
Nada acalma já
Este meu ser pela metade
A vida à margem da vida
A vida à míngua
De ti.”
Angela Santos

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