quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A pracinha





o beijo na pracinha
de árvore frondosa,
banquinho de madeira
e sombra magestosa,
a noite escurinho
amigo ocultando
dos curiosos
abraços gostosos...
namorados de mãos dadas
passeando pelas calçadas
ao toque das  mãos
 corpos arrepiam,
o envolvente beijo
 desarma e, entregue
às carícias a alma flutua...
o vento a soprar....
 gotas de chuva a apagar
chama ardente
pungente
que arde através
do tempo...
de testemunha
só a lua!
Basta fechar os olhos
para voltar
e namorar
ouvindo a musica
na pracinha
daquela cidadezinha
que não mais existe
nunca mais!!

por Meire  Jorge



2 comentários:

Adroaldo Bauer disse...

um passeio breve e profundo da memória, sequer é saudade, é a própria história. Bonito poema, amada amiga.

Meire Jorge disse...

Lembranças. Passado. Magoas, alegrias, pessoas. Um punhado de memórias que nos chacoalham, lembrando de onde viemos, para que assim possamos prosseguir.
Na maioria das vezes, um simples resfolegar de imagens, ou o delicado aroma de situações pisoteadas pelo impiedoso tempo.
Sentimentos, sonhos. Todos esses sepultados pelo correr das horas, dias.
Vínculos cortados, ramos ressecados e por fim, a saudade. A latejante nostalgia que nos martela o peito, nos embarga a voz. Embaça-nos os olhos e nos faz olhar para trás.....
O mergulho em nossa própria alma juvenil. O conhecimento de um tempo que não retornará...

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