terça-feira, 8 de setembro de 2009

Morre um amor

Numa manhã de setembro em que o
Inverno insiste em brigar com
a primavera, que colore
o caminho quase a findar.
Sol arrebentando nuvens
Atingindo corações esfacelados
pelo desgaste sucessivo
das corrosões mis;
cegando olhos
carentes de luz
Embaçados, fixados...
veem através da janela
a morte lenta e dolorida
de um amor!
Horas a observar
quão ilusória é a paixão...
O silêncio persiste...
A procura por uma prancha
ainda existe, insiste...
em vão...assassinado!
Morto pelo egoísmo
pelas grosserias...
pela falta de tato 
por não suportar espelhos
pelas diferenças
por ser demasiado frágil....
ter fecundado em terreno
empobrecido pelo tempo...
morria lentamente por
inanição....porém
 necessária foi uma explosão!
e evaporá-lo então
com vento seguir...
Voar...subir
Lágrimas condensar
e novas nuvens a formar
até que a chuva caia...
num outro verão!
por Meire Jorge
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